Por mais incrível que pareça, essa reflexão surgiu enquanto eu jogava o jogo da Kim Kardashian. Para quem não sabe, nesse jogo, além de buscar a fama você também pode sair com carinhas e, quem sabe, até se casar com um deles. E logo no meu primeiro encontro, a primeira frase que eu recebo é algo do tipo: “Nossa, você poderia se arrumar melhor para um encontro“. Terminei na hora meu “namoro”.
Arrumei outro cara, e de novo, a cada encontro que eu tinha, uma crítica nova aparecia. Tanto que resolvi dar esses prints que estão ilustrando o post! rs Dessa vez, resolvi não terminar de primeira. Quis ver se a medida que ele ia gostando mais de mim, ele ia ficando mais tolerante, porém isso não aconteceu. Eu podia estar com o vestido mais caro que meu dinheirinho kardashiano poderia comprar, e ainda assim corria o risco de ser recebida com uma frase que não era bem um elogio.
Na vida real, eu sempre tive muita sorte nesse quesito. Tirando a minha mãe, que sempre me deu toques mais diretos (e valiosos, ela pode), nunca me relacionei com alguém que tentasse mudar o meu jeito de vestir. Nem o famoso (e horroroso) “essa saia não está muito curta, não? ” E se tivesse me relacionado, acredito que eu terminaria com a mesma rapidez que terminei no jogo.
Não vejo problemas em dar dicas, em avisar que talvez a roupa escolhida não seja a mais apropriada para o lugar, ou que o sapato não está combinando muito bem com o resto do look. O problema é quando a pessoa quer mudar o(a) parceiro(a), e faz isso praticamente enterrando a auto estima dele(a). Nunca vivi essa situação, mas conheço pessoas que viveram experiências parecidas e sei que ela é muito mais comum do que a gente imagina. Só de ter passado por ela em um joguinho de celular, eu fiquei tão angustiada que precisei compartilhar isso aqui.
Em relação ao ato de se vestir, eu acho um erro você se arrumar para um homem ou, como sempre dizem, para outras mulheres. A roupa não serve só para nos cobrir ou nos enfeitar. Considero que ela tem um papel fundamental na auto confiança e acredito que ela também ajuda a falar sobre quem somos e o que queremos comunicar, em muitos casos a roupa é uma ferramenta que ajuda a externar a identidade de cada um. Pelo menos nas minhas experiências, todas as vezes que eu me vesti pensando em agradar os outros, não me senti bem comigo mesma, porque acabei “traindo” minha identidade.
A nossa personalidade é um dos bens mais preciosos que possuímos e qualquer relacionamento que roube isso da gente não tem como ser saudável. Nem sempre é fácil sair dessa, mas achei válido mostrar essa história para concluir que o amor próprio TEM QUE VIR SEMPRE em primeiro lugar.
Alguém aqui já viveu uma situação dessas? E como saiu dela?
Em tempo, a nova atualização do jogo já avisou que os “paqueradores” não serão mais babacas o tempo todo. Sim, com essas palavras mesmo! Eu achei ótimo, pois já estava chocada com tais comentários. hahahah
Beijos!
Carla